domingo, 13 de agosto de 2023

Paê

 

Após um período de 'reclusão' na escrita retomo com uma piada no primeiro parágrafo para compensar:

"Numa bela cerimônia de casamento a ingênua criança pergunta à mãe, ao observar por alguns instantes a majestosa entrada da noiva na capela: Mãe, por que a noiva está vestida toda de branco? A mãe, orgulhosa em responder, exalta: Porque o branco, minha filha, é a cor da paz, da pureza, da virgindade e de toda inocência branda e iluminada que há na Terra. A criança estala os olhinhos brilhantes e se arrepia de emoção e então continua: E o noivo, mamãe, por que está de preto? A mãe engole seco e finaliza: Silêncio, menina, que o padre vai rezar a missa!

A dicotomia da Humanidade se inicia em pequenos detalhes e contrariedades do cotidiano. A mulher e o homem, a mãe e o pai, a Lua e o Sol, a prata e o ouro, a noite e o dia, ying e yang. Não há como desassociar a biologia humana desta dicotomia milenar, ou interferir de forma abrupta no ciclo natural da reprodução dos seres vivos.

Escutei num veículo de comunicação, hoje em decadência pós-governo bolsonarista, mas ainda em voga nas rádios nacionais uma entrevista sobre a paternidade no Brasil. O número de mães solteiras ainda é absurdo. Na média, de cada dez mães, oito delas não tem assistência paterna. Outro dado é que a percentagem de presidiários nos cárceres que não tem a paternidade assumida é de 90%. Daí, a pergunta que fica: a irresponsabilidade é da mulher que aceita um parceiro instável, ou do homem que não assume o ato sexual que resultou no milagre da vida? O mal contido no bem e vice-versa, o branco que está contido no preto e o preto que está contido no branco. Até onde o mal procede para que o bem possa prosperar?

“Às vezes é necessário que o mal chegue ao excesso para se tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas”. (Allan Kardec)

Dentre tantos super heróis e seus super roteiros, nos deparamos com a heroína cor-de-rosa, Barbie que tem seu protagonismo ameaçado pelo figurante da Barbieland, o Ken. Poxa, esse universo foi criado para ela, não foi? E se a Lois Lane quisesse roubar a cena do Super-Homem? O fato é que tudo em Barbie corre bem porque a versão da boneca grávida não vingou. Não existe maternidade no mundo cor-de-rosa, por isso o boneco Ken não tem finalidade alguma. Num mundo onde as mulheres imperam não há filhos, perceberam?

Sem adentrar na polêmica, voltemos à Paternidade... Estudos recentes comprovam que a presença do pai é tão importante na vida dos filhos quanto a da mãe. Eles são o ponto Y da questão. São eles o ponto de equilíbrio na hora do parto, no estado puerperal, na amamentação e na tmp das mamães. Eles que se arriscam ao se divertir e mostrar que subir em árvores pode ser educador. Eles que gostam de velocidade, números e carros esportivos, são eles que apertam o parafuso quando o pneu do carro fura. Querendo ou não a biologia ainda não inventou um ser totalmente híbrido que consiga exercer as duas funções reprodutivas!

Nosso primeiro herói é o pai, o pai nosso que está na Terra, o pai nosso que está nos Céus. Ele é também quem nos abençoa e nos protege. Eu, como uma mãe de meninos devo elucidá-los sobre como a presença paterna em minha vida teve seus picos de importância e felicidade! Tanto a presença de meu pai, quanto a presença do pai dos meus filhos foi uma vivência de bom exemplo e dignidade. Almejo que essa energia contagie a próxima geração de homens da família e que eles possam assumir suas responsabilidades e compromissos por toda vida!

Feliz Dia dos Pais