Paê
Após um período de 'reclusão' na
escrita retomo com uma piada no primeiro parágrafo para compensar:
"Numa bela cerimônia de casamento
a ingênua criança pergunta à mãe, ao observar por alguns instantes a majestosa
entrada da noiva na capela: Mãe, por que a noiva está vestida toda de branco? A mãe, orgulhosa em responder, exalta: Porque o branco, minha filha, é a cor
da paz, da pureza, da virgindade e de toda inocência branda e iluminada que há
na Terra. A criança estala os olhinhos brilhantes e se arrepia de emoção e
então continua: E o noivo, mamãe, por que está de preto? A mãe engole
seco e finaliza: Silêncio, menina, que o padre vai rezar a missa!
A dicotomia da Humanidade se inicia
em pequenos detalhes e contrariedades do cotidiano. A mulher e o homem, a mãe e o pai, a Lua e o Sol, a prata e o ouro, a noite
e o dia, ying e yang. Não há como desassociar a biologia humana desta dicotomia
milenar, ou interferir de forma abrupta no ciclo natural da reprodução dos seres vivos.
Escutei num veículo de
comunicação, hoje em decadência pós-governo bolsonarista, mas ainda em voga nas
rádios nacionais uma entrevista sobre a paternidade no Brasil. O número de mães
solteiras ainda é absurdo. Na média, de cada dez mães, oito delas não tem assistência paterna. Outro dado é que a percentagem de presidiários nos cárceres
que não tem a paternidade assumida é de 90%. Daí, a pergunta que fica: a
irresponsabilidade é da mulher que aceita um parceiro instável, ou do homem
que não assume o ato sexual que resultou no milagre da vida? O mal contido no bem e vice-versa, o branco
que está contido no preto e o preto que está contido no branco. Até onde o mal
procede para que o bem possa prosperar?
“Às vezes é necessário que o mal chegue
ao excesso para se tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas”.
(Allan Kardec)
Dentre tantos super heróis e seus
super roteiros, nos deparamos com a heroína cor-de-rosa, Barbie que tem seu
protagonismo ameaçado pelo figurante da Barbieland, o Ken. Poxa, esse
universo foi criado para ela, não foi? E se a Lois Lane quisesse roubar a
cena do Super-Homem? O fato é que tudo em Barbie corre bem porque a versão da
boneca grávida não vingou. Não existe maternidade no mundo cor-de-rosa, por
isso o boneco Ken não tem finalidade alguma. Num mundo onde as mulheres imperam não há filhos, perceberam?
Sem adentrar na polêmica, voltemos à Paternidade... Estudos
recentes comprovam que a presença do pai é tão importante na vida dos filhos
quanto a da mãe. Eles são o ponto Y da questão. São eles o ponto de equilíbrio na
hora do parto, no estado puerperal, na amamentação e na tmp das mamães. Eles
que se arriscam ao se divertir e mostrar que subir em árvores pode ser
educador. Eles que gostam de velocidade, números e carros esportivos, são eles
que apertam o parafuso quando o pneu do carro fura. Querendo ou não a biologia
ainda não inventou um ser totalmente híbrido que consiga exercer as duas funções
reprodutivas!
Nosso primeiro herói é o pai, o
pai nosso que está na Terra, o pai nosso que está nos Céus. Ele é também quem nos
abençoa e nos protege. Eu, como uma mãe de meninos devo elucidá-los sobre como
a presença paterna em minha vida teve seus picos de importância e felicidade!
Tanto a presença de meu pai, quanto a presença do pai dos meus filhos foi uma vivência de bom exemplo e
dignidade. Almejo que essa energia contagie a próxima geração de homens da família e que eles possam assumir suas responsabilidades e compromissos por toda vida!
Feliz Dia dos Pais