quinta-feira, 16 de julho de 2015

Valor Cultural



Foi aos 7 anos de idade que Hans Stern começou a freqüentar o atelier do paisagista Roberto Burle Marx, no Rio de Janeiro, início da década de 1940. Vindo fugidos da guerra na Alemanha, ele e sua família se instalaram no berço esplêndido do país tropical e absorveram em primeira mão as maravilhas, os desgostos, sucessos e fracassos deste constante vai e vem da vida, como assim o é nas ondas  do mar. Essa brasilidade tocante despertou no pequeno Hans o desejo pelas "coisas" de tal território, suas cores, diversidades, seus brilhos, enfim, suas pedras preciosas.
Passados mais de meio século, seu primeiro filho, Roberto Stern também despertara acerca das riquezas naturais do país do Carnaval, no entanto confessa que deixou de priorizar as pedras preciosas para valorizar o design das jóias. Essa sacada inspirou o jovem Stern numa estratégia ousada, corajosa e arrojada.  Ele agregou às jóias da marca o status cultural elegendo o conceito e o design da peça antes do "academicismo" da joalheria clássica e o exagerado espaço ocupado pelas pedras. A começar pelo diário de bordo do fotógrafo escocês, radicado em NY, Albert Watson, que assina as belas imagens no catálogo de jóias de 1998. O catálogo é um misto de arte, fotografia, arqueologia e descrições reflexivas, documentadas provavelmente por um cientista social. Suas invenções cenográficas nos levam a crer que uma antiga civilização já cultuava a estética e o design como qualidade de vida, adornados com pinturas corporal, borboletas, lama, fibras naturais e ouro.
A via crucis da ruptura com as convenções da joalheria clássica não parou por aí. Os Stern's abrangeram tematicamente todas as áreas das artes , como no catálogo Orbis Descriptio, com marcas da cartografia cravadas no metal precioso, assinado pela artista plástica Anna Bella Geiger, ou na moda onde nomes da alta feminidade brilham como Constanza Pascolato e Diane Von Furstenberg, ou ainda no contraste étnico da música urbana de Carlinhos Brown, ou em mais contrastes como no design simples e sofisticado dos Irmão Campana, também nos movimentos da companhia de dança mineira O Corpo e por fim nas curvas arquitetônicas de Oscar Niemeyer.
A H.Stern ousou sem abusar, criou peças com uma sutil delicadeza, respeitando ao máximo as características de cada personalidade, desenvolvendo coleções ultrajantes que põe em xeque os valores reais de uma jóia de design ou de arte. Esse diferencial unânime nas jóias da marca ressalta o valor cultural agregado ao valor de mercado através de peças assinadas por quem tem algo a dizer ou a mostrar.


"A razão é inimiga da imaginação"( Oscar Niemeyer)

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Fly Butterfly Fly


quarta-feira, 8 de julho de 2015

Jóias para o inverno

 Pingente Mutante

Berloques Cubos de Prata e Ouro

 Pingente Cubos Articulados

 Pingente Crucifixo Articulado

Brinco Franz Weissmann

Fotografias por Eliane de Castro

terça-feira, 7 de julho de 2015

Recordar é viver!



 Vitrine para Antônio Fernando Joalheiros, em 2005!


Brinco Galáxia - articulado em prata e ouro


 Brinco Órbitas - articulado em prata e ouro