domingo, 27 de junho de 2021

O apogeu da luz

 Teorias e hipóteses acerca da construção das pirâmides do Egito, até hoje, permanecem como um enigma indecifrável. Mas a certeza sobre a magnitude de sua engenharia e a imponência de sua dimensão são unanimidade. Curiosidades tais como a localização da maior delas, a Grande Pirâmide de Gizé, em estar exatamente no centro da Terra soa um tanto surpreendente, mas até o alinhamento dela com as outras duas menores, estão baseadas em estudos cosmológicos de que num dado período, preferencialmente o equinócio, seria possível observar que as sombras das três pirâmides se alinhavam ao longo dos dias como um relógio de Sol e também, suas posições estariam relacionadas com o cinturão da constelação de Órion. A crença no politeísmo era uma constante durante o áureo período dos faraós. O culto ao Deus Rá, o Deus do Sol, o maior astro dos céus, seria uma celebração à força maior da Natureza, do calor e da luz do dia. O ocultismo e outras linhas de estudos esotéricos levantam questões muito mais interessantes que nossa vã filosofia pode imaginar. Afinal, 4000 anos antes de Cristo é um longo distanciamento de tempo dos dogmas e conservadorimos que viriam a ser escritos como Testamentos e Ministérios de Deus, no culto somente à uma divindade, o monoteísmo cristão.

A finada Hipátia de Alexandria (360 d.C. - 415 d.C) que o diga. Primeira mulher a lecionar numa instituição acadêmica do conturbado Império Romano do século V, que apesar de não se opor ao Cristianismo incomodou o então Bispo Cirilo com suas filosofias e teorias científicas, que se apoiavam na ideia do planeta Terra ser esférico e as constelações servirem de guia na escuridão. Hipátia foi cruelmente assassinada, quando no mesmo período o que ainda restava do acervo da biblioteca que se encontrava no Serapeu de Alexandria, foi queimado na "fogueira".  O curioso é que o termo Serapeu vem do templo dedicado ao sincrético heleno-egípcio Serápis, que combinava aspectos de Osíris (Deus dos Mortos) e Ápis (touro mitológico com triângulo na testa), numa forma humana mais aceita pelos gregos ptolemaicos de Alexandria. Para quem curte a sétima arte, o filme "Alexandria" (2009) conta a saga desta surpreendente polímata.

Há suspeitas de que condutas eclesiásticas equivocadas, ao longo dos séculos ocasionaram retrocessos nas sociedades mais avançadas "astravancando o pogresso com a iguinorânça". Um exemplar precioso para quem gosta do assunto é o romance "O Nome da Rosa", do escritor italiano Umberto Eco (1932-2016). Adaptado para cinema tendo como protagonista o percursor de 007, o ator Sean Connery (1930-2020) o enredo aborda uma possível causa do incêndio da biblioteca de um mosteiro italiano, no período Medieval. Uma história cheia de mistérios e semiótica, onde o significado da rosa pode ser muito mais profundo do que uma flor ou uma cor.

Este assunto todo foi para citar sobre uma lembrança que o "filósofo de auditório" e vaidoso (mas com toda razão), Leandro Karnal postou em suas redes sociais. No dia 22 de junho foi a data da segunda condenação de Galileu pelo Tribunal do Santo Ofício, em 1633. Há 388 anos atrás, o cientista italiano foi obrigado a desdizer tudo o que disse para a Inquisição da época. Karnal deixa na postagem outro precioso exemplar para uma urgente reflexão, "Galileu e os negadores da ciência" (2021), do astrofísico Mario Lívio. 

Das pirâmides do Egito à atual realidade recito as palavras do cientista Stephen Hawking (1942-2018): "Devemos olhar mais para o céu e não para os pés", ou para o próprio umbigo, ou para as fakes do whatsapp, né! É certo que a Humanidade caminha em ciclos viciosos e atualmente vivenciamos gestores de instituições que estão condenando exemplares de bibliotecas com o mesmo discurso obscuro de séculos atrás. 

Cuidemo-nos para não nos deixarmos levar pela escuridão e lembremo-nos de olhar todos os dias para encantadora luz do Sol, nosso astro maior e entender que sem esta luz nada sobrevive. 

Luz para todos, literalmente!

Ilustra o texto Brinco Triâmide nas versões longo, para segundo furo e pingente.






domingo, 20 de junho de 2021

Inventando moda

 A série da Netflix Halston (2021) sobre Roy Halston (1932-1990) conta a trajetória fulminante do estilista norte-americano que colocou os Estados Unidos na rota da alta costura mundial nos anos 80. Estrelado pelo ator Ewan Mc Gregor, seu personagem é o oposto em virtude do então jedi Obi Wan Kenobi (da Saga Star Wars). Com uma personalidade arrogante, mas dotado de uma fertilidade criativa acima da média, a série ganha nossos corações pela curiosa pesquisa biográfica além da atuação impecável do protagonista. 

O cronograma de encontro das celebridades na vida do estilista só peca em excluir sua relação íntima com o percursor da Pop Art, Andy Wharol (1928-1987). É possível ver uma referência dele quando o estilista visita sua cliente e amiga, a cantora da Broadway, Liza Minelli que ostenta obras do artista plástico em sua sala de estar. 

Halston também teve uma produtiva parceria com a modelo e designer Elsa Peretti (1940-2021), xará e conterrânea da italiana Elsa Schiaparelli (1890-1973). Peretti desfilou para Halston e foi mentora e influencer em muitas peças da grife, principalmente do icônico frasco de perfume. (Bom frisar o delicioso episódio, onde o estilista é indagado pela perfumista sobre os cheiros que rementem às suas reminiscências). Mais tarde, Elsa Peretti é contratada pela joalheria Tiffany para desenhar jóias e se consagra referência mundial até maior e mais renomada que o próprio Halston, atualmente.

A vida pessoal do estilista é abordada a partir de flashbacks da infância apresentando a figura paterna como abusiva e violenta, que menosprezava o filho por sua sensibilidade artística e opção sexual. Halston, depois de adulto manteve uma relação doentia com seu amante venezuelano, Vitor Hugo, o que revelou ser uma repetição de comportamento da violência doméstica que sofria com seu pai. 

Coincidentemente, neste mês se comemora o orgulho LGBT, que teve o período escolhido por causa da Rebelião de Stonewall em junho de 1969, na metrópole de Nova Iorque. A comunidade LGBT se reuniu no bar de mesmo nome para se manifestar contra as forças policiais que reprimiam certos tipos de estabelecimentos e apoiavam o sistema jurídico anti-homossexual. A revolta se deu em motins e foi reconhecida mundialmente tombando o sexto mês do ano como the Pride Month

Halston e Vitor Hugo morreram de Aids em 1990 e 1993, respectivamente. Workholic, sex, drugs and rock'n roll se encaixaria bem no slogan de vida deste impressionante estilista, que levou a fama de ser "a pessoa mais famosa que ninguém nunca ouviu falar".

Vale assistir a série e se emocionar! 

Nos orgulharmos de termos saúde física e mental para podermos inventar moda é um ato de amor à vida!

Ilustra o texto "Pingente Cubos em Cores" 

(Clique na imagem se desejar ampliar para detalhes. A blusa foi presente de mamãe da marca mineira Matizes Dumont)


 



terça-feira, 15 de junho de 2021

Butterfly



 

Colar Maria Antonieta






 

Red



 Cubinho Red, linha de seda vermelha

domingo, 6 de junho de 2021

CuBoS


 Cubos em banho dourado
 

Silver


 Cubos em prata

Ródio


 Par de Cubos em ródio

Colares

 

 

Mix de Cubos

Cubos e Correntes


 Brinco Cubo com Correntes

Ametista


 Ametista em balanço

Espírito Santo


 Pulseiras Divino Espírito Santo