terça-feira, 12 de outubro de 2021

Coração ao Cubo

Reflexões matinais que batem forte ao coração: começando com uma terça-feira de feriado pela padroeira do Brasil, a Nossa Senhora Aparecida e o famigerado dia das crianças. 

Os noticiários, ou podcast poderiam ser substituídos pelo neologismo tipo: "fofoctícias" (fofoca + fictício + notícias). O historiador israelense, Yuval Harari, no seu livro "Sapiens"(2011), descreve a fofoca como fonte de informação substancial na sociedade, através dela se descobrem segredos, se derrubam impérios, se traem e se atraem. O resultado de uma boa fofoca pode provocar mudanças significativas se conduzidas com inteligência e perspicácia, ou não. 

Para comemorar o dia da criançada queria relembrar um caso recorrente, mas que gerou vários holofotes em tabloides mundiais. A cantora americana Britney Spears (1981)  conseguiu sua independência financeira após um período de 13 anos sob a tutela de seu pai. Existem divergentes argumentos sobre o episódio, mas constatar o patriarcalismo vigente e operante a cada dia, ainda mais sobre uma mulher já beirando seus 40 anos parece até ficção. Essa tendência é tão surreal quanto uma menina se casar com um sheik idoso, no entanto as famosas fofoctícias se tornaram naturais entre nós há tempos.

Elas sempre foram uma constante entre celebridades. O filme biográfico sobre Steve Jobs, disponível na Netflix mostra seu lado insensível e cético, assim como suas frias criações. Expõe a ausência paterna e frígida condição para incentivar e investir na educação de sua única filha. O mal comum entre os gênios da humanidade, o fatal narcisismo.  

Uma ficção, mas com pitadas de realismo psicótico é o filme da Disney, "Cruella", que conta a disputa familiar entre mãe e filha sobre um talento hereditário da alta costura e um destino trágico e dramático. Poderia ficar aqui citando e recitando casos caóticos, mitológicos e até comuns entre as famílias de bem, mas a verdade é que as crianças são o reflexo da imagem e semelhança de seus pais e mães. 

O lado bom de ser criança é que a gente começa a aprender a viver na 'sofrência' desde os bullings de outras crianças além da pressão psicológica no seio caloroso da própria família. Quanta porrada verbal trocamos uns com os outros, quanta falta de gentileza, mas claro que superamos, porque para todo mal há cura, há a reza, oração,  meditação,  concentração, malhação, estudo e trabalho que acabam fazendo um contraponto.


Infelizmente ainda não existe um manual para educar crianças em momentos de tensão, fome, raiva, tpm, quebradeira... Mas a vovó sempre tinha uma frase na ponta da língua: "Amor! Amor, minha filha. Família que se ama, família que se sofre". Nonna não era pretinha como Nossa Senhora Aparecida, era uma italiana genuína que depois de certa idade se tornou uma Santa para nós! Com ela aprendi a rezar, a tentar esperar ao invés de duvidar, a entender e perdoar os erros de meus pais. 

Entre fofoctícias, sincericídios e psicopatismos vamos amando, educando na medida do possível, orando e acreditando nesta nova geração transgênica da maçã. Seguimos acreditando no amor do outro, no amor em dobro, ao quadrado, ao cubo e sempre! Felicidade ao Cubo às nossas crianças!

Ilustra o texto "Coração ao Cubo"!





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