sábado, 21 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Libélula
Coroa de tranças
Muitas mudanças e transformações ocorreram na história da sociedade, ao longo de épocas remotas. Observando a sincronia, entre os tempos antigos e atuais, percebemos que certas tradições culturais não se alteraram tanto, com o passar dos milênios. Se se analisarmos algumas características culturais de tribos africanas, índios americanos, vikings europeus, aborígenes australianos, esquimós, hippies, rappers e ‘‘avatars’’ encontraremos dentre elas uma semelhança à respeito do comportamento estético: o penteado da trança.
A trança é um ato de expressão corporal manifestado tanto nos objetos utilitários, como os cestos de palha trançado, quanto na manifestação artística contemporânea, como em algumas obras do brasileiro Tunga.
É, pois a trança o tecer artesanal entre fios, num ritual quase que automático de repetição. Resultado final de uma forma simétrica e harmoniosa.
Têrêrê, dread, trancinha, rasta, raiz são algumas das terminologias para este penteado pré-histórico. Nas cabeleiras das moças roceiras presentes nas Festas Juninas, nas compridas madeixas de Rapunzel, nos fios mitológicos de deusas gregas, nos cabelos molhados de Iemanjá e ainda, nos cachos negros do rastafari Jah elas são símbolo de expressão cultural, social ou espiritual.
Os fios podem ser negros, loiros ou dourados.
Fios de tranças douradas reluzem a cor do ouro.
Tranças douradas trançados numa coroa.
A Coroa de Trança significaria o inconsciente coletivo de uma expressão, que há mais de milênios foi usada por diferentes etnias, raças, crenças e culturas. A trança representa uma manifestação estética corporal e utilitária.
Sincronicidade na linguagem estética, porque delineia os diversos fios de mulheres, homens, crianças, deuses, santas, mitos e obras de arte. A trança marca uma simbologia instigante de habilidade manual e beleza visual.
Um artesão tece fios com a habilidade a que um ourives trança o ouro.
Isso é SINCRONICIDADE!